Onboarding de dados na Mídia Programática: como funciona?

Conteúdosnovembro 14, 20257 Minutes

A personalização deixou de ser um diferencial e passou a ser uma exigência do consumidor moderno.

Para as marcas, isso significa compreender com profundidade quem é o público, quais são seus comportamentos e em que momento da jornada ele está, dentro e fora do ambiente digital.

É nesse ponto que o onboarding de dados ganha protagonismo. Essa tecnologia permite integrar as informações coletadas em ambientes offline com os canais digitais, criando uma visão unificada do consumidor e possibilitando campanhas mais precisas e personalizadas.

Mais do que um processo técnico, o onboarding é uma estratégia que redefine como as marcas utilizam seus dados próprios para gerar valor, impulsionar resultados e fortalecer o relacionamento com o público.

O que é onboarding de dados?

O onboarding de dados é uma estratégia que conecta informações do mundo offline, como listas de CRM e cadastros de uma marca, com as DSPs (Demand Side Plataform), conhecidas também como plataformas de mídia programática.

Na prática, trata-se de uma ponte entre bancos de dados internos das marcas, que podem conter e-mails, CPFs, telefones, com as plataformas de mídia, o que permite que uma marca se comunique de forma personalizada com pessoas que já fazem parte da sua base de clientes ou potenciais clientes.

Esse processo é o ponto de partida para campanhas personalizadas, segmentação avançada e ativação de mídia com base em dados reais e consentidos.

Como funciona o processo de onboarding

O processo de onboarding segue algumas etapas essenciais:

  1. Coleta e organização dos dados: a marca reúne informações de suas próprias bases, CRM, sistemas de e-commerce, programas de fidelidade, entre outros.                                                                                                         Nessa etapa é importante que a marca consiga criar listas que contenham e-mail, telefone e CPF. Esses identificadores permitem que as plataformas de mídia cruzem os dados disponibilizados, com outras informações dos provedores de dados online.
  2. Anonimização e correspondência: os dados são criptografados e comparados com identificadores online, garantindo a privacidade do usuário e a conformidade com a legislação.
  3. Ativação nas plataformas digitais: após a correspondência, as audiências são carregadas nas plataformas de mídia, permitindo segmentações específicas e campanhas personalizadas.
  4. Mensuração e otimização: por fim, os resultados são analisados e os dados enriquecidos voltam ao ecossistema da marca, fechando o ciclo de aprendizado contínuo.

Onboarding e mídia programática: uma combinação estratégica

A mídia programática depende de dados precisos para alcançar o público certo no momento ideal. O onboarding, nesse contexto, é o elo que conecta as informações de clientes reais com os espaços publicitários disponíveis nos meios digitais.

Com o uso do onboarding, as marcas podem transformar seus dados em campanhas altamente segmentadas e explorar diferentes formatos de mídia, como:

  • Display: exibição de anúncios personalizados em sites e aplicativos, com segmentação por perfil, interesse ou comportamento.
  • Vídeo: veiculação de peças dinâmicas que adaptam mensagens conforme o perfil ou interesse do público.
  • Rich Media: banners interativos que reforçam o reconhecimento de marca e geram engajamento.
  • Native ads: conteúdos integrados ao ambiente editorial, que oferecem uma experiência mais fluida e relevante ao usuário.

Essa combinação torna possível criar campanhas omnichannel, garantindo que o mesmo usuário receba mensagens coerentes e relevantes em diferentes pontos de contato, do streaming à web, passando pelos dispositivos móveis.

Por que o onboarding de dados é essencial para o marketing

Em um cenário cada vez mais orientado pela privacidade, o onboarding se torna fundamental para que as marcas mantenham a precisão da segmentação, sem abrir mão da segurança e da conformidade com a LGPD.

Ao realizar o onboarding, é possível:

  • Garantir a identificação correta dos consumidores em múltiplos canais;
  • Criar audiências mais qualificadas e atualizadas;
  • Melhorar a performance das campanhas programáticas com dados próprios;

Ou seja, o onboarding transforma dados brutos em inteligência de marketing. Ele permite que as marcas deixem de depender de dados de terceiros e passem a construir estratégias centradas em seus próprios consumidores.

Boas práticas para aproveitar a estratégia de onboarding de dados

Para que o processo seja eficaz e seguro, algumas práticas são essenciais:

  • Respeitar a privacidade: todos os dados devem ser tratados de forma anonimizada e com consentimento do usuário, conforme a LGPD.
  • Manter as bases atualizadas: dados desatualizados comprometem a qualidade da segmentação e a precisão das campanhas.
  • Integrar tecnologias: o uso conjunto de CDPs, DMPs e DSPs potencializa os resultados do onboarding.
  • Mensurar resultados continuamente: acompanhar o desempenho das audiências é fundamental para enriquecer as estratégias e otimizar o ROI.

Com a consolidação da mídia programática e o crescimento do uso de dados first-party, o onboarding se tornará ainda mais estratégico.

Novas soluções de identidade estão surgindo para aprimorar a correspondência entre ambientes online e offline.

Essas tecnologias fortalecem a relação entre marcas e consumidores, permitindo campanhas mais relevantes, seguras e baseadas em consentimento. O futuro do marketing será centrado nos dados, e o onboarding é o primeiro passo nessa jornada.

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